A internet é a próxima fronteira dos supermercados
Segundo pesquisa do IPC Marketing, os produtos de consumo em massa devem atingir em 2016 a soma de 661,1 bilhões de reais e o principal segmento de consumo será a do alimentação em casa, de acordo com os dados abaixo:
– Alimentação em casa – 64,84%
– Eletrodomésticos e Equipamentos – 12,78%
– Higiene e Beleza – 12,05%
– Bebidas – 6,74%
– Artigos de Limpeza – 3,59%
Apesar do mercado desaquecido, um dos principais destaques no desempenho do varejo tem sido o e-commerce, que em julho apresentou crescimento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho é bem semelhante ao crescimento de 11% em agosto, considerado o resultado mais forte do canal nos últimos 12 meses. Em contrapartida, as vendas totais em setembro encolheram 3,3% comparadas ao ano anterior, desempenho não muito diferente da queda de 3,2% em agosto em relação a 2016.
Mercado online é a principal oportunidade para o varejo de alimentos crescer
O mercado online potencial para o varejo de alimentos é enorme. Apenas 6% dos 500 maiores supermercados do Brasil, atuam no varejo virtual. Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Supermercados (ABRAS) em parceria o com a ACNielsen, apenas 1% dos 18.500 supermercados pesquisados já começaram a trabalhar a presença virtual e oferecem opções de compra pela internet.
O biênio de 2015/2016 foi observado com pessimismo diante da situação econômica do País, porém na contra mão dos indicadores, o número de consumidores ativos do mercado online continuou aumentando, de maneira mais tímida, mas ainda aumentando, cerca de 5% em relação ao ano passado. Mais de 41 milhões de consumidores únicos, esse é o mercado online brasileiro hoje. Estima-se em cerca de R$ 50 bilhões o mercado online para supermercados.
O Tíquete Médio online atual é de R$ 403,46, segundo a pesquisa e-bit/Buscapé, enquanto o ticket médio das lojas físicas é de R$ 43,50, de acordo com a Kantar WorldPanel (Abras), o que significa que o consumidor online compra mais produtos, buscando ganhar tempo centralizando as compras.
E por que o mercado online é tão atraente? Além do potencial de vendas, pesquisas de comportamento de compras, mostram que os consumidores, independentes da geração a que pertencem, estão cada vez mais conectados, querem oportunidades de escolha e querem economizar tempo. O problema é que, quem não se preocupar com esse consumidor em mutação, corre o risco de inviabilizar seu negócio.
Para os que estão preocupados com as lojas físicas, uma informação. Elas não, estão mortas e nem vão sumir. Porém, com o passar dos anos, os consumidores estão se programando, para não perder mais tempo com as tarefas regulares, como fazer compras no supermercado, comprar ingressos, livros, entre outros, e se você não conseguir atendê-lo dessa forma, alguém irá fazê-lo. E ai sim, a sua loja em específico poderá morrer, sumir.